O olhar por trás do MAPA
- Conteúdos Pro Agora
- 30 de mai.
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Por trás da câmera, João Pacca nunca esteve apenas registrando imagens. Ele sempre procurou vestígios de histórias, silêncios que dizem, luzes que narram. Fotógrafo de olhar atento e escuta refinada, Pacca construiu uma trajetória marcada por sensibilidade, rigor estético e um profundo respeito pelas camadas invisíveis do tempo.
É com esse mesmo olhar que ele assina a curadoria e a proposição do projeto MAPA – Mostra de Imagem em Movimento.
Mais do que um projeto artístico, o MAPA é uma convocação à memória. E não por acaso: Pacca cresceu em cidades atravessadas por trilhos, em paisagens onde o som do trem era tão presente quanto o das conversas à beira da estrada. Sua formação como artista visual foi profundamente influenciada por esse cenário — entre movimento, deslocamento e permanência.
Ao idealizar o MAPA, Pacca propõe que a Estrada de Ferro Carajás, que completa 40 anos, não seja apenas contada em números e marcos logísticos. Ele nos convida a vê-la como um organismo vivo, moldado por histórias, afetos e transformações sociais.
Sua curadoria, ao mesmo tempo delicada e potente, busca artistas que falem com o corpo, com o chão, com a luz. Que se projetem não apenas sobre as fachadas das cidades, mas sobre a memória viva dos territórios.
Com o MAPA, João Pacca transforma sua escuta em gesto público.E faz da arte uma forma de lembrar, juntos.